quarta-feira, 21 de abril de 2010

NEUROMA DE MORTON!!!

O Neuroma de Morton, também conhecido como neurite digital plantar ou metatarsalgia de Morton:
Causa comum de metatarsalgia, desencadeada com maior freqüência, pela compressão mecânica dos ramos digitais dos nervos plantares, caracterizando-se por uma lesão não neoplásica, com formação de fibrose perineural do nervo plantar, com predileção pelo terceiro espaço digital, já que este é o sítio mais freqüente da união do ramos lateral e medial dos nervos digitais plantares, os quais espessados, ficam comprimidos dentro do terceiro espaço digital, potencializados pela maior mobilidade do quarto metatársico em relação ao terceiro metatársico, o que confere microtraumas de repetição.
Esses neuromas são mais freqüentes no lado esquerdo, e raramente são bilaterais; 86% dos pacientes acometidos são do sexo feminino, tendo uma idade média de 48 anos (variando entre 20 a 70 anos). A incidência no terceiro espaço é de 80% das vezes, enquanto no segundo espaço é de 16%.
Relacionada com o uso de sapatos "antifisiológicos", caracterizados por uma câmara anterior estreita, resultando em uma hiperextensão da articulação metatarsofalângica, a qual favorece a compressão do nervo contra o ligamento intermetatársico, potencializado por um compartimento posterior elevado, presente nestes sapatos.
É apresentado pelos pacientes com uma sintomatologia de dor no antepé, possui irradiação para os dedos, acompanhada ou não de fenômenos parestésicos nas áreas inervadas pelos ramos envolvidos, com dor tipo queimação, com piora a persistência ao uso dos calçados "antifisiológicos", chamam essa dor de claudicante, por semelhança com aquela que ocorre na insuficiência vascular; a dor surge após andar alguns metros, mas basta tirar os sapatos e friccionar o local para que a dor desapareça, o ciclo se reinicia logo em seguida, alguns passos mais adiante.
Os exames complementares e de imagem apresentam uma margem de segurança razoável para afastar os casos de fraturas, tumores, lesões morfológicas dos ossos intrínsecos do metatarso, mas no diagnóstico específico do neuroma a margem de erro é relativamente alta. A maioria dos autores confirma que o diagnóstico do Neuroma é clínico, baseado na história e tipo da dor. No exame físico, na palpação do local, verifica-se um espessamento, que quando tocado apresenta uma dor aguda. Ao se fazer uma manobra de preensão lateral das cabeças do primeiro ao quinto pododáctilo ocorre uma exacerbação da dor.
Inicialmente, no tratamento do neuroma de Morton, institui-se as mudanças de hábitos, envolvendo o uso de calçados fisiológicos(importante lembrar de avaliar sua pisada: neutra (pisada normal), supinada (pisada para fora) e pronada (pisada para dentro), associado ao uso de antinflamatórios não hormonais e fisioterapia, com o objetivo de alongamento da fáscia plantar e musculatura flexora dos dedos, utilizando a fonoforese associada com o ultrassom. Outra medida importante é a manipulação e mobilização dos metatarsos e dos dedos, para aumentar mobilidade na área afetada. Exercícios proprioceptivos: sendo aqueles que provocam desequilíbrios, gerando estabilidade Cama elástica, andar em linha reta, giroplano, balancinho etc. O treinamento deve ser mantido, observando mudança na atividade, ou seja, prefira a bicicleta ergométrica nos estágios iniciais, natação ou hidroterapia, avançando para corrida na grama, sempre usando almofadas metatársicas. Exercícios de musculação para grandes e pequenos grupos musculares. O reparo cirúrgico às vezes e eficiente se a fisioterapia não obtiver o resultado esperado. Para isso seu médico irá avaliar desta necessidade. Mas em geral o paciente responde bem ao tratamento com fisioterapia.
Órtese: O uso de orteses para a planta do pé elevando o arco plantar tem eficiente colaboração. Em alguns casos a trava no calçado, na sola do sapato também permite uma melhora da dor.

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